segunda-feira, 1 de julho de 2013

Negócio, críse, férias, caracóis e minis...


Nos primeiros feriados deste ano de 2013, não faltaram críticas aos portugueses (feitas por outros portugueses e alguns simpatizantes das políticas da UE), por estes irem passar as míni férias de Páscoa para as praias e campos, sendo o Algarve, o Alentejo e a costa espanhola os lugares com maior procura.

Enquanto bebia a minha mini e comia os meus caracóis, ouvia nas notícias barbaridades e comentários tristes sobre o que os portugueses não deviam fazer.

Para muitos europeus e mesmo os portugueses, este "despreendimento de dinheiros" não foi visto com bons olhos.

Para um país queixoso e pobre Portugal, mostra uma vida acima da média em relação a muitos dos nossos vizinhos.

É claro que esta chamada crise não afecta quem realmente têm dinheiro e os outros que não possuem rendimentos usam de sua criatividade e sacrifícios para fazerem as suas férias, sem falar na coragem de usarem os cartões de créditos e empréstimos.

A maior parte dos críticos são na realidade velhotes e vizinhos que gostariam de fazer o mesmo mas falta a coragem, revelando assim uma mentalidade tacanha, invejosa, egoísta e triste.

Na minha cidade, quem têm o dinheiro são os políticos e os empresários, os primeiros na sua maioria roubam o Estado para pagarem as suas férias de qualidade, os empresários, só meia dúzia é que realmente ganham o dinheiro e pagam a tempo e horas os subsídios de férias aos empregados, os outros são apenas fachada, seus negócios dão prejuízos e na maioria das vezes não pagam horas nem salário justo aos empregados.

O importante é que quem faz férias e viagens desenvolvem a indústria hoteleira e de restauração no Alentejo, Algarve e em todo o país, principalmente no interior que é  onde existe o maior índice de desemprego.

Não adianta, poupar uma vida inteira se não fizermos bom uso do dinheiro, se formos como os velhotes que não tomam um único café fora de casa para juntar dinheiro, o que seria dos bares, cafés, mercearias e comércio local e ainda pior: Não haveria empregos e Portugal seria uma grande sociedade de famintos e miseráveis.

Os portugueses fizeram bem: "Que se lixe a crise, que se lixem os vizinhos e a UE e todos aqueles que não possuem opinião própria e a coragem de viver a vida.

Estamos num país em que todos os envolvidos na fomentação da crise, foram perdoados, não foram presos e nem devolveram os milhões que lesaram ao povo português, nem sequer foram despedidos, nem uma desculpa deram ao Zé Povinho.

Aqueles que sempre trabalharam e tiveram uma vida honesta, merecem este prémio que é viver a vida e para isso temos que ter vontade de viver mesmo que deixemos familiares para trás com seus pensamentos tacanhos.

Faça como eu: Numa bela esplanada comendo o meu caracol e bebendo a minha mini, descontraio e sonho com um Portugal melhor sem gente corrupta e sem invejosos.

Avisem-me se a crise acabar, não custa nada sonhar, pelo menos enquanto haver dinheiro para as minis e para os caracóis.

Um comentário:

  1. Olá amigo dos caracóis: Já faz algum tempo que não visito as suas páginas. Tenho que concordar consigo que nós o povo não temos a capacidade de dar a volta aos resultados, não somos homogénios e nem somos compactos na luta pelos nossos direitos, pelo contrário somos individualistas e permissivos, permitimos assim a corrupção que alimenta milhares de corruptos no nosso país e a maioria pertence a classe política.
    O melhor que podemos fazer é viver um dia de cada vez e apreciar mais um verão numa explanada de preferência na praia vendo gatinhas esculturais a desfilarem com os seus reduzidos bikinis enquanto emborcamos umas minis acompanhadas dos respectivos caracóis.
    Um abraço...

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