quarta-feira, 29 de abril de 2015

Desenrascando um rendimento

Já começa a cheirar a verão. Os primeiros freelancers já pedem 3,00 euros por quilograma de caracóis.
Neste momento complicado para Portugal e para os portugueses, qualquer ideia para gerar uns trocos para as férias que se aproximam vale bem a "pena".
Tenho visto vários jornais, principalmente as páginas de vendas de materiais diversos e electrodomésticos usados e já consigo descobrir os primeiros "vende-se caracóis".
Esta crise está fazendo com que os nºs de desempregados aumentem significativamente e só não se atingem números históricos por causa de milhares de cursos chamados de ocupação para desempregados, onde o desempregado não conta para a estatística. Somos milhares de pessoas em cursos de formação que não servem rigorosamente para nada e muitos desses formandos já atingiram a quantidade de 30 a 60 diplomas que estão a encher gavetas. Muitos desses formandos só vão aos cursos por causa do subsídio refeição que é de 4,27 euros dia, já dá para o maço do tabaco.

A solução para a maioria dos jovens é a venda daquilo que não mais precisa. Jogos, bicicletas, revistas e bds, discos, brinquedos e telemóveis usados entre outros, já que o trabalho é coisa do passado e os salários mesmo para licenciados não ultrapassam os 505,00 euros o que é vergonhoso visto o que se gasta para se tirar um curso universitário.
Outra grande fonte de rendimento são os blogs e os vídeos do You Tube, só que a polícia já anda a verificar esses rendimentos  e as Finanças também, esperem mais tarde pela talhada desse branqueamento de capitais. (ainda está em estudo).

Voltando aos cursos:
Imaginem que nesses cursos fossem dados cursos práticos de agricultura em casas, terraços e quintais e até mesmo curso de Helicicultura ou seja criar caracóis, isso sim era uma mais valia.
Vocês sabiam que se tiverem uma produção própria comprovada de produtos agrícolas não em doses industriais, podem vender nos mercados e feiras sem pagarem impostos e apenas uma diária numa praça a um preço muito acessível.
Pensem nisso "seus desempregados"...