quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Caracóis cor-de-rosa invadem Miami Beach

Os caracóis, vistos como um símbolo da natureza, foram construídos com material reciclável e são a última criação da REgeneration Art Project, que estreia, com esta mostra, nos Estados Unidos, após ter erguido instalações com animais coloridos em vários pontos do planeta, entre os quais Paris, Milão, Roma, Veneza e Praga.

Além de promover o debate sobre a importância da reciclagem, as instalações buscam fazer as comunidades pensarem sobre a vida urbana e gerar um espaço de inspiração para "regenerar as cidades como locais mais animados e saudáveis", afirmam os organizadores.

Carregue no caracol:

Curiosidades da Borgonha

Há uma abundância de outras carnes, se você não é um comedor de frango ou carne, presuntos variados, cabeça de lebre, panturrilha e até mesmo alguns peixes de rio – geralmente cozido em vinho branco, com bacon, cebola, alho e manteiga. Finalmente, é claro, existem os caracóis, e embora muita gente vai virar o nariz para eles, os humildes “escargots” são deliciosos, servidos como eles são cozidos com Chablis, cenouras, cebolas e cebolinha, em seguida, recheado com manteiga de alho e salsa . Se você se considera um conhecedor, você pode querer considerar os caracóis negros (o melhor dos quais são criados em folhas de uva), que são considerados entre os melhores na França!
Ver notícia completa em:

Imagem de:qvinho
Comer bem em seu acampamento de férias na Borgonha

A região da Borgonha não é famosa apenas pelos seus vinhos. Uma certa iguaria presente nos mais finos restaurantes de todo o mundo, faz as honras de embaixadora da gastronomia dessa região: os escargots ou lumachi para os italianos. Esses caracóis herbívoros de apetite voraz constituem a base de requintados pratos da culinária borgonhesa. Se bem que nos últimos anos os caracóis já não figuram com o mesmo peso nos cardápios dos grandes chefes. A espécie mais utilizada é o Helix Pomatia, também conhecida como Escargot da Borgonha.

Há alguns anos esses animais fizeram história no cinema, e se não causaram enjôo, no mínimo proporcionaram algumas boas gargalhadas. Quem não se lembra da cena de Julia Roberts com Richard Gere, no filme Uma Linda Mulher? A protagonista, durante um fino jantar de negócios, faz um dos caracóis voar longe! Tudo bem, brincadeiras a parte, muita gente se não tem preconceito quanto a experimentar esses saborosos gastrópodes, no mínimo fica preocupada quanto ao ritual para servir ou comê-los. Mas, se você tem vontade de prova-los vá em frente!
Ver maia: Borgonha

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

"Pretty Woman" cena do restaurante "escargot"


No filme de 1990 "Pretty Woman" (Um Sonho de Mulher), com Richard Gere e Julia Roberts, há uma cena passada no hotel mais chique de Nova Iorque onde a personagem de Julia Roberts, oriunda das classes populares, é confrontada com a sua inabilidade e falta de maneiras em meios sociais tão elevados. Apesar de um curso rápido no uso dos talheres e da postura, Roberts é confrontada com um dos acepipes mais finos e gourmet da alta gastronomia nova-iorquina: "escargots" (em inglês, "snails"). Não é fácil comer "escargots" com talheres e Roberts faz voar um "escargot" que é depois apanhado em pleno ar por um empregado do restaurante.

Pois bem! O que é fino e requintado em Nova Iorque é um prato popular e apreciado por muitos em Portugal. Cá chamamos-lhe caracóis.
Informação do blog: omelhordeportugalestaaqui.

Congresso Mundial de Malacologia nos Açores (vídeo) - Notícias - RTP Açores

Congresso Mundial de Malacologia nos Açores (vídeo) - Notícias - RTP Açores

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Tema: Revista Exame 1 Outubro 2004

Imagem original: portugalporreiro
negócios de caracóis
Esta matéria escrita em 2004, já revelava um excelente negócio com futuro em Portugal. Este pequeno trecho faz parte de:
Empresas e Negócios
Espiral ascendente
Helena Cristina Carlos Peralta | Sexta-feira , 1 Outubro 2004

Criar caracóis parece ser uma brincadeira de crianças, mas revela-se um negócio promissor. Luís Lucas espera produzir 36 toneladas, vendidas, em média, a 6 euros o quilo.

Hoje, quanto mais o tempo avança, maiores dificuldades vão surgindo para os novos helicicultores.
Mas, a criação de caracóis ainda é uma excelente nicho de mercado e oportunidade de negócio e têm algum futuro. É claro que dá algum trabalho, mas é uma boa fonte de rendimentos para aqueles que sonham um dia serem patrões ou terem alguma fonte de rendimento extra.


Em tempo de recessão económica, a criação de caracóis terrestres surge como uma fonte de rendimento viável e uma excelente alternativa para as milhares de pequenas e médias explorações agro-pecuárias existentes no nosso país

Lesma, caramujo e caracol?

“Qual a diferença entre lesma, caramujo e caracol?
por Yuri Vasconcelos
“Os três são moluscos, da classe dos gastrópodes. A principal diferença entre a lesma e os outros dois é que ela não tem uma concha externa – ou tem uma concha muito pequena. Já caracol e caramujo são sinônimos em várias regiões do Brasil, mas, na linguagem popular, caracol geralmente se refere aos gastrópode terrestres, e caramujo, aos aquáticos. Já as lesmas podem viver tanto na terra como no mar. Juntos, esses três bichinhos somam cerca de 75 mil espécies. Além de numerosos, eles são antigos moradores da Terra: existem registros fósseis de gastrópodes de cerca de 500 milhões de anos atrás. Há entre 30 e 40 famílias de lesmas, contra 400 de caramujos e caracóis, de acordo com o biólogo Luiz Ricardo Simone, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, autor do livro Land and Freshwater Molluscs of Brazil (“MoluscosTerrestres e de Água Doce do Brasil”). Você pode não gostar da gosma que eles deixam, mas sem eles, podem ocorrer desequilíbrios ambientais.”
Texto do blog ultrapassandobarreiras. Veja o texto completo e original.
Ps. Existem espécies comestíveis e outras não sendo que o caramujo de águas paradas são portadores de uma doença chamada esquitossomose.
Imagem original:capinaremos
CURIOSIDADE.
Texto tirado da WIKIPÉDIA
A esquistossomose, com o desenvolvimento da agricultura, passou de doença rara a problema sério.
Muitas múmias egípcias apresentam as lesões inconfundíveis da esquistossomose por S. haematobium. A infecção pelos parasitas dava-se aquando dos trabalhos de irrigação da agricultura. As cheias do Nilo sempre foram a fonte da prosperidade do Egito, mas também traziam os caracóis portadores dos schistosomas. O hábito dos agricultores de fazer as plantações e trabalhos de irrigação com os pés descalços metidos na água parada, favorecia a disseminação da doença crónica causada por estes parasitas. O povo, cronicamente debilitado pela doença, era facilmente dominável por uma classe de guerreiros que, uma vez que não praticavam a agricultura irrigada, não contraíam a doença, mantendo-se vigorosos. Estas condições permitiram talvez a cobrança de impostos em larga escala com excedentes consideráveis que revertiam para a nova elite de guerreiros, uma estratificação social devida à doença, que se transformaria nas civilizações.
A doença foi descrita cientificamente pela primeira vez em 1851 pelo médico alemão T. Bilharz, que lhe dá o nome alternativo de bilharzíase.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Caracol

Imagem original: sakecomsal
negócios de caracóis

Caracol.
O caracol é um hermafrodita incompleto.
O caracol consome de tudo um pouco.
O caracol vive entre os 4 a 5 anos.
O caracol durante 4 meses reproduz-se.
O caracol durante 4 meses seguintes, come e dorme.
O caracol passa um terço da sua vida a hibernar.

Curiosidades Medicina:

negócios de caracóis
Curiosidades, Medicina:

Desde a antiguidade o Escargot vem sendo recomendado como remédio para vários tipos de males. Crendices ou não, é certo que os aminoácidos contidos nas proteínas das carnes do Escargot, contribuem para a reconstituição da integridade dos tecidos gástricos e, portanto, para a cura da úlcera. Por ser um alimento rico em cálcio e ácidos graxos, polissaturados, a alimentação com Escargot é recomendada nos casos de raquitismo e no combate ao colesterol. Em razão ao alto teor de sais minerais e ferro, são úteis durante a gravidez e amamentação. Pobre em lipídios, podem ser consumidos por aqueles que sofrem do fígado, arterioscrerose e obesidade. Na França e Alemanha são base de preparação de cosméticos e também são usados como artesanato em arranjos com conchas.
Carne: A carne do caracol tem alto teor proteico, baixo nível de colesterol, é rico em vitaminas e sais minerais.
Valor Nutricional
Calorias..........76%
Água...............82%
Glicídeos........02%
Lipídios..........0,8%
Proteínas.......15%
Cálcio..........170mg
Vitamina C...15mg
Ferro...........3,5mg
Enxofre.....140mg
Magnésio....250mg
Iodo.......0,006mg

Criação em cativeiro de caracóis terrestres

imagem original: mariajoaodealmeida
negócios de caracóis
A criação em cativeiro de caracóis terrestres comestíveis está a evoluir lentamente em Portugal, mas promete ser um nicho de mercado a considerar. Praticada há mais de 30 anos em Itália e França e, mais recentemente, em Espanha, a Helicicultura tem os seus próprios métodos de produção e é reconhecida como uma importante actividade económica nestes países. Imagem de:luizfelipemuniz.

O termo Helicicultura deriva do latim “helix” (que significa espiral e é o nome da espécie mais conhecida de caracóis comestíveis) e “cultivare” (cultivo). O molusco gastrópode, cujo corpo é totalmente protegido por uma concha externa, é apreciado como alimento há milhares de anos, sendo também utilizado tradicionalmente na medicina e cosmética. O aumento da procura do petisco, principalmente desde a segunda metade do século XX, fez com que todo o ciclo de vida do caracol passasse a ser produzido para fins comerciais de forma semi-industrial.

Há dois métodos principais de produção: o francês e o italiano.
O primeiro é um sistema intensivo de exploração, onde as condições de luz, temperatura e humidade são cuidadosamente controladas, de forma a possibilitar a postura de ovos durante todas as estações do ano. Os animais são criados em mesas sobrepostas localizadas em locais fechados. Algumas explorações adoptam um sistema misto de criação, controlando a reprodução no interior e a engorda no exterior.

O método italiano baseia-se na criação de caracóis a céu aberto, em canteiros com sementeiras especiais que servem de abrigo e alimento aos caracóis. É um sistema biológico que exige menos investimento e pouca mão-de-obra, mas tem menos rendimento que o método francês e regista maior taxa de mortalidade dos animais.

Mais recentemente, os espanhóis desenvolveram um outro método que tem tido aplicação tanto em Espanha como em Itália e Portugal. É um sistema intensivo em viveiros, divididos em estufas de engorda, de postura e de eclosão dos ovos.

Os portugueses são grandes apreciadores deste petisco, consumindo 13 mil toneladas por ano, logo a seguir aos espanhóis (20 mil toneladas), italianos (30 mil toneladas) e franceses (75 mil toneladas). O mercado norte-americano e japonês mostram cada vez mais apetência por esta iguaria. Calcula-se que o consumo mundial atinja as 300 mil toneladas de caracol. Ao contrário de Portugal, onde o consumo é maioritariamente sazonal.

Outros países querem o abastecimento de caracol vivo durante todo o ano.
Assim, a oferta não chega para as encomendas, já que o caracol está na base de um ecossistema frágil e enfrenta perigos como o excesso de procura, a poluição e a agricultura intensiva. Imagem de: wagneraccioly

O que leva também ao aumento dos preços, chegando o caracol a atingir um valor tão alto como o camarão. Grande parte dos caracóis consumidos em Portugal vem de Marrocos e Argélia. São da espécie Helix Aspersa Maxima, também conhecidos por Gros Gris, atingindo entre 20 e 30 gramas. A caracoleta portuguesa, Helix Aspesa Muller ou Petit Gris, é um pouco mais pequena, com 8 a 12 gramas.

Publicação Revista agriloja. HELICICULTURA Info | Maio | Junho 2 (6 | Info | Maio | Junho 2009)

Observação: A imagem acima é uma espécie de caramujo terrestre e não é comestível. Caramujo - O molusco foi introduzido no Brasil como uma versão do “escargot”, mas depois descobriu-se que a espécie não é comestível e pode transmitir doenças. O caramujo tem hábitos terrestres e pode atingir 15 centímetros de cumprimento, oito de largura e pesar cerca de 200 gramas. O animal se reproduz de forma rápida. Cada um chega a colocar 200 ovos por mês.

Segurança alimentar (caracóis)

Essencialmente dois motivos levam a que alguém decida dedicar-se à helicicultura. O primeiro prende-se com o interesse em proteger uma determinada espécie e desta forma melhorar aquilo que a natureza nos oferece. O segundo motivo é de ordem económica, o que faz com que muitos tenham a ideia de que a helicicultura é um negócio muito rentável. Contudo, pode não ser, pois é uma arte de difícil execução. O caracol tem como base um ecossistema frágil e actualmente enfrenta alguns perigos, como a poluição ambiental, o excesso de procura e as formas de agricultura agressiva.
A criação de caracóis comestíveis em cativeiro (Helix Aspersa Maxima e Helix Aspersa Muller) está a evoluir lentamente em Portugal e promete ser um nicho de mercado promissor. Praticada há quase meio século em alguns países europeus, nomeadamente em França e na Itália, está só agora a dar os primeiros passos na Península Ibérica. Nos últimos anos, o aumento da procura deste molusco para consumo humano fez com que os métodos de produção passassem a ser semi-industriais.
De uma forma geral, podemos considerar três métodos distintos de produção de caracóis. Um sistema intensivo de exploração, no qual os animais são criados em bancadas sobrepostas. Estes locais encontram-se completamente fechados e as condições de temperatura, humidade e luz solar são monitorizadas de forma permanente, no sentido de possibilitar um maior número de posturas por ano e assim maximizar os rendimentos.
Um segundo método baseia-se na criação dos animais o mais aproximadamente possível do seu ambiente natural – em canteiros a céu aberto, com sementeiras específicas, a fim de proporcionar o alimento e o abrigo necessários. Este processo de criação apresenta uma taxa de mortalidade muito elevada, pelo que se torna menos rentável economicamente que o anterior.                                             Imagem de: emule
Por último, e talvez o mais inovador dos métodos de criação de caracóis para consumo humano, é aquele que de alguma forma conjuga os dois métodos anteriormente mencionados. Separa as três fases cruciais da vida de um caracol – postura, eclosão dos ovos e engorda. Deste modo, é possível abordar cada uma das etapas tendo em conta a sua especificidade, melhorando assim a prestação final: maior número de nascimentos e menor número de mortes.
Esta página faz parte de um trabalho e estudo desenvolvido por “Fernando Amaro” cujo tema é: SEGURANÇA ALIMENTA NA PRODUÇÃO DE CARACÓIS (Controlo da alimentação de base vegetal)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Controlo de pragas

Controlo
Caracóis terrestres e lesmas podem ser encontrados em qualquer local mas em geral habitam locais que ofereçam abrigo, humidade adequada, alimento abundante e geralmente locais que tenham a disponibilidade de fonte de cálcio.

Monitorar (vigiar) a presença destas pragas através da contagem de ovos, organismos adultos ou da vistoria das plantas é uma actividade obrigatória para que o produtor saiba quando agir e o faça de modo a promover o equilíbrio ecológico de todo o sistema de produção (Planeta Orgânico, 2004).

O controlo químico geralmente é realizado com moluscidas de alta toxicidade, representando riscos para animais domésticos, crianças e de contaminação de fontes d’água. 

Apresentam actuação restrita a pequenas áreas por actuarem atraindo os caramujos que se alimentam do veneno e morrem horas ou dias depois. Este fato impede a colecta e a eliminação dos cadáveres dos caramujos, que atraem moscas cuja desova ocorre nas partes moles dos animais em putrefacção, constituindo novo problema à saúde pública (Barbosa et al, 2002).

Uma nova tecnologia ambiental colonizadores italianos no século XIX (Valduga, 1985). Na Europa o consumo de caracóis terrestres continua intenso, tanto de animais colectados na natureza como os cultivados em criadouros.
                                                                               Imagem de: plantasonya
NOCIVIDADE
A ideia de nocividade não é natural, mas social e se aplica às atividades humanas que possam sofrer prejuízos motivados por acção de outrem. Os caracóis e as lesmas podem ser nocivos como pragas e como vectores de parasitoses.

São considerados pragas quando sua densidade populacional acarreta perdas económicas ao homem, na competição pelo alimento por ele produzido. (Garcia, 1999). Há uma gama de caracóis e todas as lesmas que podem, eventualmente, tornam-se pragas em jardins, hortas, pomares e mesmo em grandes lavouras, acarretando prejuízos significativos. Os métodos mais comuns de controlo são: catação, utilização do cloreto de sódio (sal), destruição por água quente e utilização de iscas lesmicidas.

Uma nova tecnologia ambientalmente correcta para o controle de lesmas e caracóis estará em breve disponível para os produtores brasileiros. São iscas à base de fosfato de ferro (FePO4) como ingrediente activo que atraem as lesmas e os caracóis que, ao ingeri-las param de se alimentar, tornam-se mais lentas e sua epiderme fica endurecida até morrerem entre três e seis dias. Este efeito fisiológico traz protecção imediata às plantas. 

As lesmas envenenadas não excretam o produto pois o modo de acção não é baseado na perda de água, o ingrediente activo causa mudanças patológicas na base celular do tubo digestivo e no hepatopâncreas das lesmas.

A aplicação deve ser feita no início da infestação e reaplicar assim que a isca for consumida ou no mínimo a cada duas semanas. Devido à natureza sazonal dos moluscos, espera-se que sejam necessárias no mínimo 4 (quatro) aplicações por safra, com o objectivo de quebrar o ciclo de reprodução da praga.

O produto deve ser espalhado sobre o solo, próximo às plantas a serem protegidas, e a aplicação deve ser feita preferivelmente no final da tarde, visto que lesmas e caracóis se locomovem e se alimentam durante a noite ou bem cedo pela manhã.
A grande vantagem deste tipo de tecnologia é sua baixa toxicidade a outros organismos, caracterizando-o assim como um produto ecologicamente correcto.
Anne Gil Mendes, Bióloga
                                                          Imagem de: ecoblogs
PS.
Não de vemos esquecer que para os agricultores estes animais representam um verdadeiro prejuízo para as lavouras, floristas e jardineiros.

Os ambientes húmidos favorecem o aparecimento destas pragas. Devoram as plantas jovens, os botões, os caules e as raízes. Também podem roer e consumir raízes, bolbos e tubérculos. Depositam os ovos na terra das plantas.

TRATAMENTO
O método biológico de eleição consiste em recolher estes animais e colocá-los onde são úteis, a processar o lixo ou numa caixa de compostagem. Para quem não encontrar melhor solução e os quiser matar basta deitar sal sobre eles porque são muito sensíveis à desidratação.

Como são animais de hábitos nocturnos a melhor altura para os apanhar é à noite ou de madrugada.
Para os atrair e recolher em maior quantidade podem usar-se iscos como casca de batatas, uma laranja aberta ou folhas de alface fervidas.

Quem não quiser perder tempo nem tiver consciência ecológica mais apurada pode resolver o problema aplicando um produto químico específico para caracóis e lesmas.

domingo, 28 de novembro de 2010

Ferramentas para um negócio mais sério.


Para quem quer se dedicar mais a sério no negócio de caracóis, então tome em conta:
Para além das ferramentas de jardinagem usuais (pá, enxada, ancinho, macete, vassoura), é necessário contar-se também com as seguintes:

Ferramentas e equipamento, para se poder ter uma cultura de caracóis bem sucedida:

? balança pequena, para pesar os caracóis e os alimentos
? fita métrica, para medir os caracóis e as suas gaiolas/recintos/viveiros
? colher de pedreiro, para escavar e limpar os recintos de criação
? contentor de água e regador para manter o solo húmido e para encher os bebedouros
? bebedouros ou comedouros (pratos)
? muito importante: um caderno para apontamentos, para anotar meticulosamente a actividade exercida (p. ex. trabalho, materiais e alimentação) e exploração de cultura de caracóis em si.

Cuidados a ter.

Alimentação de caracóis.
Os caracóis devem ser alimentados depois do pôr-do-sol. Os alimentos não devem ser duros ou bolorentos. Os restos devem ser retirados na manhã seguinte. Os bebedouros devem estar sempre cheios de água. É essencial não esquecer da limpeza do viveiro e da remoção de detritos. Também devemos ficar atentos as condições das redes e mosquiteiro, caso estejam rasgadas devemos repara-las.

domingo, 21 de novembro de 2010

HACCP

Imagem original. josephmorgan.ws
Negócios de caracóis
Implementação de sistemas de HACCP (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) ou (Hazard Analysis Critical Control Point ou APPCC)
No que toca à aplicabilidade da metodologia HACCP como forma de analisar metodicamente todo o processo e de determinar de modo exacto todos os potenciais perigos existentes, conclui-se que:, São altamente recomendáveis todas as boas práticas descritas anteriormente, actuando estas como medidas de controlo no decorrer dos diversos processos;, Os terrenos devem ser alvo de um período de descanso e de uma limpeza. A estabilização dos mesmos deve ser efectuada, por exemplo, através da aplicação de cal viva. Desta forma, são possíveis terrenos mais férteis e saudáveis para posteriores nengordas;, É de extrema importância a elaboração de cadernos de encargos, onde são registadas todas as operações diárias realizadas.

Só assim é possível executar um tratamento estatístico dos dados e perceber, por exemplo, o efeito das variações climatéricas na biologia do animal. E desta forma melhorar os processos internos;, Tendo em conta que em explorações intensivas o alimento disposto naturalmente ao caracol é insuficiente, existe a necessidade de complemento alimentar através de ração composta.

Neste caso, pode ser usado o milho e a soja, não descurando a importância do fornecimento de cálcio; Considerando a vulnerabilidade biológica do caracol quando afectado por algum tipo de contaminação biológica, este sucumbe quase de imediato. Daí que não tenha sido identificado nenhum tipo de patogénico alimentar humano em níveis considerados inaceitáveis;, Em relação às contaminações químicas, aí sim consideraram-se relevantes e com significância elevada. No fundo, estamos a trabalhar num terreno agrícola, onde não conhecemos completamente o passado das terras e, sobretudo, as alterações/contaminações a que estão sujeitos os lençóis de água de abastecimento (por norma o abastecimento de água é realizado através de captações próprias). É importante a monitorização dos valores analíticos deste elemento.

Não descurando a legislação que enquadra o caracol como elemento sujeito a controlo analítico no que respeita à microbiologia (gastrópode vivo), considera-se da maior relevância, do ponto de vista da segurança alimentar, ter igualmente em conta a presença de elementos químicos neste molusco. Como forma de avaliar aquilo que se designa por ponto crítico de controlo (PCC), aconselha-se a realização de uma análise laboratorial a uma panóplia
de substâncias químicas – pesticidas (p.ex. piretróides), imediatamente antes de iniciar a apanha do animal para venda. Conseguiremos, assim, ter uma garantia fiável de que aquilo que se irá comercializar é seguro para o consumidor.

Fernando Amaro, coordenador técnico de Higiene e Segurança Alimentar do

O sistema HACCP é uma importante ferramenta na protecção alimentar, consistindo num método preventivo. A sua implementação previne/minimiza os riscos alimentares, através da eliminação ou redução da probabilidade de ocorrência de uma eventual toxinfecção alimentar. A análise de potenciais perigos para a saúde dos consumidores nas actividades do sector alimentar, a identificação das fases/ locais onde esses mesmos perigos podem ocorrer e a decisão de quais são críticos para a saúde do consumidor são os principais objectivos do HACCP. Esta metodologia permite que as entidades se focalizam nas fases e condições de produção críticos para a segurança alimentar, assegurando através do seu controlo que os seus produtos são seguros em termos de saúde dos consumidores.

O HACCP é passível de adaptação às diferentes necessidades de gestão de cada entidade, aplicável a todas as fases da produção, transformação e distribuição de géneros alimentícios, independentemente do tamanho da organização.

Cuidados de higiene com o caracol

Imagem original: agranelemaisbarato
o helicicultor
A SEGURANÇA E A QUALIDADE ALIMENTAR É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA NA CRIAÇÃO DE CARACÓIS.
Este tipo de exploração exige muitos cuidados na sua produção.
O caracol, este gastrópode necessita de humidade e temperatura amena, estes são requisitos ideais para a sua produção e também para a propagação de doenças. Assim, existe a necessidade de manter as instalações sempre limpas, sem excrementos, restos de alimentos e de animais mortos para, deste modo, evitar ao máximo o aparecimento de doenças. Não podemos esquecer que os campos agrícolas estão cheios de pesticidas e químicos e algumas áreas do solo contém águas contaminadas.
Quando pedir um petisco desta natureza, sejam caracóis, pernas de rãs ou lesmas fritas, lembrem-se da segurança alimentar.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Maternidade de caracóis

Eu pessoalmente, como não sou criador mas sim um curioso dos caracóis, prefiro fazer reciclagem de materiais e aproveitar como estrutura física de uma ideia ou seja: Artesanal. Existe na vizinhança diversos materiais recicláveis para o inicio e experiência de um negócio.
Encontramos muitas vezes móveis, paletes, plásticos, tijolos abandonados e uma infinidade de materiais que possamos utilizar em nosso proveito, até a iluminação de um barracão pode ser feito com o aproveitamento de luz natural, através de água, lixívia e garrafas plásticas. 
O Objectivo no meu caso é a produção artesanal ao menor custo.

Para quem quer pensar mais alto, rápido e quer investir, deixo aqui o exemplo de um dos produtos que se encontram no mercado. 
Aqui temos um exemplo de uma maternidade de caracóis. Este abrigo-maternidade, foi posto à venda em Faro por 2.500,00 euros. Encontra-se nos classificados OLX.
Esta é a designação do anúncio.
Vendo maternidade para criação de caracóis.

Especificações.
Câmara equipada com regulação de temperatura, concebida como maternidade para criação de caracóis; marca VIZUETE, S.L- Sevilla; larg:3,70m x comp:4,80m x alt 2,00m: nunca foi utilizada (nova)
Aqui temos uma forma controlada de protecção e controle dos caracóis.

domingo, 14 de novembro de 2010

Viveiros (cuidados)

Em Loures, para o ano há mais.
negócios de caracóis
Criação em viveiros ou parques

Situações a observar:
• A capacidade do parque de (criação) não pode exceder 1 kg de caracol por m²;
• Os viveiros deverão ser totalmente fechados com redes para evitar fugas e ingresso de predadores;
• Os viveiros deverão ter várias divisões internas com abrigos contra o sol e o vento e, se possível, com árvores por causa da sombra;
• A largura máxima deverá ser de 80 cm para poder alcançar qualquer ponto com a mão;
• Entre cada parque deverá ter espaço suficiente para a passagem de um carrinho de mão;
• A água deverá ser tratada e de fácil acesso;
• No caso de solos encharcados, fazer um sistema de drenagem;
• Para prevenir predadores terrestres, fazer uma valeta ao redor de cada parque com 30 cm de largura e 30 cm de altura e colocar água corrente;
• No interior dos viveiros, plantar vegetais verdes;
• Observar o pH do solo e corrigi-lo para neutro ou ligeiramente alcalino;
• Prever áreas para futuras ampliações;
• Se o terreno for muito argiloso, acrescentar até 30% de areia de rio, previamente esterilizada;
• Colocar bebedouros e comedouros, observando os mesmos cuidados higiénicos, como nas caixas.

sábado, 13 de novembro de 2010

"O CARACOL"

Principais características do caracol
- Em francês, escargot significa caracol;
- É um molusco, porque seu corpo é mole, sem esqueleto;
- Define-se como gastrópode, porque tem a parte estomacal (gaster-estômago) junto ao pé (podes = pé);
- É pulmonado, porque respira através do pulmão;
- É terrestre, ao contrário de seu primo caramujo que habita as águas doces ou salgadas;
- Diz-se que pertence ao gênero Helix (de onde vêm hélice e helicóptero), porque seu corpo faz uma torção de 180º. 
                                                      Imagem original: solostocks.
- Devido a esta característica, a criação é denominada helicicultura e quem cria é um helicicultor.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Baba de caracol

Os dermatologistas e farmacêuticos aprovaram a eficácia da baba de caracol, mas advertem que, para que os cosméticos elaborados com estas secreções possuam as propriedades regeneradoras e antioxidantes que são atribuídas a eles, estas devem ser extraídas quando o animal está stressado.


http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1277047-EI298,00.html

Preocupações com a criação

Orientar criação:


• Diariamente remover as fezes das caixas, com auxílio de uma espátula;
• Trocar a água dos bebedouros há cada 2 dias e lavá-lo semanalmente;
• Substituir a ração no máximo há cada 3 dias e lavar o comedouro semanalmente;
• Borrifar água sobre a caixa todos os dias, retirando o comedouro antes, para não molhar a ração;
• molhar, sem encharcar, os potes de desova 1 vez por semana;
• obedecer sempre à relação de 1 até 2 kg de caracol em 1 m².

Cura através dos caracóis


Para muitos não passa de um animalzinho nojento, para outros é uma oportunidade de negócio e o segredo da riqueza, para outros é fonte de saúde e para o povo em geral, não passa de um delicioso petisco.

Os anos avançam e cada vez mais se descobrem características benéficas no humilde caracol que através dos anos têm cada vez mais, acrescentado valor.

A cura através dos caracóis
• As proteínas dos caracóis ajudam na reconstituição da integridade dos tecidos gástricos e, portanto, na cura da úlcera;
• Por ser um alimento rico em cálcio, ajuda a combater o raquitismo e é ótimo durante a amamentação;
• Por ser rico em sais minerais e ferro, é útil durante a gravidez e amamentação;
• Por ter alto teor de ácidos graxos polinsaturados, combate o colesterol;
• É pobre em lipídeos, podendo ser consumido por pessoas acometidas por problemas no fígado, arteriosclerose e obesidade;
• Na França, Alemanha e Espanha, a baba de caracol ou creme, são usados como base para cosméticos e tratamentos de pele, as suas conchas também são usadas no artesanato.
Informação completa em: sna

Produtos e curiosidades do caracol

Os caracóis, caracoletas (escargots) é parte constituinte da gastronomia européia, principalmente francesa, espanhola e portuguesa, sendo consumida como entrada, petisco, ou mesmo como prato principal.
Na altura da primavera/verão eles abundam nos campos europeus a viverem livremente nas ervas e gramíneas quando são apanhados e postos em viveiros caseiros para serem consumidos posteriormente.

Existem diversas criações em viveiros a nível comercial chamadas heliciculturas.
Cada vez mais é maior a implantação de heliciculturas. Nestes últimos anos tornou-se uma aposta de futuro, não só na indústria alimentar como na cosmética que é o caso do creme de baba de caracol. este creme é usado no rejuvenescimento da pele, na hidratação de peles secas e queimaduras.

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A baba de caracol é obtida através do stress dos animais (gastrópodes) - com calor, nomeadamente. Colocados em cubas giratórias, os caracóis segregam baba até praticamente à exaustão e aquela escorre para reservatórios onde é depois purificada em laboratório, num processo que pode ser comparado à pasteurização do leite. É muito cara - pode atingir preços de mercado entre os 250 e os 450 euros por litro. o seu valor depois também é influenciado pelas marcas e pelo envolvimento do Marketing.
A baba de caracol está presente em diversos produtos, desde cremes de rosto e mãos a champôs para o cabelo entre outros produtos.


Também existem produtos "GOURMET", como é o caso da confecção de certos pratos que exige tamanho e origem da espécie de caracol ou então o famoso ouro branco que são ovas de caracol tratados e que são vendidos a preços superiores as ovas de "ESTRUJÃO", o famoso caviar.

Curiosidades sobre caracóis

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Negócios de caracóis
À maior parte dos caracóis continuam vindo de "MARROCOS", existem empresários portugueses que facturam mais de 1.000.000,00 (um milhão de euros) anuais com estes pequenos invertebrados.

Esta espécie "marroquina de caracóis", não merece a concorrência portuguesa, devido os baixos preços de comercialização e também lembramos que esta espécie de caracóis marroquinos, são mais vorazes sexualmente e aliado ao clima de Marrocos a sua reprodução é mais rápida.

Os caracóis portugueses são maiores, mas menos reprodutivos, mas também são mais saborosos na confecção.

A maior parte deste gastrópode que é fornecido aos restaurantes e cafés do nosso país, não são devidamente controlados e não se sabe ao certo se são saudáveis ou se trazem com eles algum químico anti predadores.

Este é um óptimo negócio para fomentar em Portugal e também para criar legislação através de associações próprias para o efeito.
Portugal pode competir contra os preços mais baixos da concorrência se apostar na qualidade e na saúde do consumidor.
Dizem os conhecedores que o caracol "DO RIBATEJO" é mais saboroso devido ao clima e as pastagens.

PS.
Por outro lado, há criadores marroquinos que dizem que são feitas regularmente análises sanitárias para garantir a qualidade dos animais. Transportados vivos até Portugal. Eles são transportados em camiões frigoríficos.
Dizem que os caracóis são fiscalizados pelas autoridades sanitárias em Tanger e em Algeciras (Espanha).
Resta-nos acreditar que sim, mas existem dúvidas por parte de muitos consumidores, que são chegados aos importadores.

Até o momento, parece que ninguém sofreu qualquer envenenamento ou teve que fazer uma lavagem ao estômago.