quinta-feira, 19 de julho de 2012

Negócio de "críse"

Os caracóis estão novamente com toda a força no mercado nacional de consumo.
Este tipo de negócio está cada vez maior e a sua divulgação já esta a mudar muitas culturas e hábitos de consumo em todo o Mundo e a culpa é da Internet.

Ainda não tinha começado o verão e já havia muita boa gente na apanha deste saboroso gastrópode sendo que a maioria destas pessoas encontram-se desempregadas. Uma boa parte deste caracol que é apanhado nos campos, destinam-se ao consumo das famílias e a outra parte é vendida na tasca do lado a 2,00 euros o kg, geralmente este caracol é pequeno, porém saboroso. É muito comum encontrar aqui o caracol riscado.


 
As pessoas, não gostam muito de falar nisto, mas a verdade é que este simpático bichinho já faz parte de alguns agregados familiares, tanto para consumo como também para ganhar alguns "cobres".

As caracoletas, aqui em Santarém têm menos procura e estas são grelhadas com manteiga e alho e especiarias, geralmente ervas aromáticas.
A preferência nacional é o caracol pequeno que é o mais popular nas tascas e explanadas deste país. Muitos apreciadores deste petisco não são fãs das caracoletas, preferem o caracol pequeno, pois o sabor não é igual.

A melhor altura para apanhalos é quando ainda existe alguma humidade nos campos, de preferência, após a chuva, ao amanhecer e em dias nublados. Nesta altura, a lesma do caracol, costuma estar de fora da casca, facilitando assim a apanha.

Os caracóis importados provém de Marrocos e abastecem em pequenas quantidades alguns hipermercados com preços que oscilam conforme a rapidez de saída. Há alturas em que a caracoleta está a 6,99 euros o kg. e no dia seguinte já estão a 3,50 euros. O caracol pequeno é comum nestas superfícies oscilarem entre os, 0,99 a 2,99 euros o kg.

Para quem têm acesso aos caracóis congelados alguns fornecedores já os têm limpos, o que poupa muito trabalho e facilita a rapidez da confecção deste prato.Porém, não há bela sem senão.

O congelamento e o tempo de congelação rouba um pouco do seu pitoresco sabor, mas, como a maioria das pessoas usam caldos Knnor, não se nota a sua perda, só os apreciadores atentos é que percebem a diferença do sabor.

A limpeza do caracol é sem dúvida a parte mais chata e morosa deste petisco. Para não perder muito tempo, agarre num balde com água em temperatura ambiente, misture sal e vinagre. Isso fará com que os caracóis larguem as impurezas e toda aquela baba. Faça isso até que não haja mais baba, se for necessário, passado algum tempo troque mais 2 vezes a água, retirando assim a maioria da espuma libertada pelos "bichos".
 
Em uma panela larga e funda adicione a cebola picada, alho, louro, orégano, molho de Tabasco ou outro de sua preferência, (três colheres de chá ou a gosto) e refogue até a cebola eo alho dourarem, acrescente o vinho branco e depois de um minuto, adicionar os caracóis e acrescente água suficiente apenas para cobrir os caracóis e adicione sal. Com uma espumadeira, tire a maior parte da espuma existente enquanto cozinha os bichos.

As ervas aromáticas é a gosto e sirva com bebidas frescas, vinho branco, minis e bhoêmia etc...

Um comentário:

  1. Dicas e curiosidades.
    Há cozinheiros que só usam água mineral para a confecção deste petisco.

    A maioria das tascas e restaurantes ultilizam caldos para darem sabor as comidas, seja carne, peixe ou petiscos.

    Se usar caracóis congelados, cozinhe na água em que foi embalado e adicione mais se necessário, não esquecer de ver a proveniência e o país de origem e ainda a forma de conservação mais o controle de qualidade.

    Deixe ferver e depois cozinhar em lume brando por 20 a 30 minutos. Adicione a pimenta e especiarias a seu gosto.

    O cozinhar lentamente, apura o sabor, por isso devemos evitar panelas elétricas.

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