Um negócio de sucesso:
Sempre acompanhados de uma cerveja bem fresquinha, não há melhor maneira de acabar um dia passado na praia.
Não é um assunto pacífico. Se para alguns um prato de caracóis é o melhor petisco de verão, outros nem se atrevem a provar. Confesso que, desde que me lembro de ser gente, apanhar caracóis nas madrugadas de maio e comê-los durante os meses de verão eram parte da rotina familiar. Não se podiam apanhar em todo o lado - recordo-me dos avisos do meu pai que onde havia umas certas plantas os caracóis não sabiam bem - e o tempo em que ficavam guardados nas caixas de rede eram determinantes para o sabor final. "Estão a limpar", era o argumento paterno que frustrava as minhas tentativas de alimentar os pequenos animais.
Orégãos secos, louro, alho, piripíri, sal e vinho branco são os condimentos mais usados na preparação do molho, mas as receitas e os segredos fazem a diferença de restaurante para restaurante. E este verão decidi que não podia adiar mais a ida ao santuário dos caracóis em Lisboa: o Júlio dos Caracóis, junto a Xabregas.
Apesar de ter feito a secundária nos Olivais e morar na zona oriental da cidade, havia sempre um impedimento de última hora que me desviava da Rua do Vale Formoso de Cima. Enguiço quebrado, foi altura de finalmente conhecer Vasco Rodrigues, que herdou do pai Júlio o negócio de família fundado há mais de 50 anos.
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