Este trecho foi tirado do Jornal o Público de 19.07.2010 - 12:30 Por Luís Francisco.
Rolanda Albuquerque de Matos,
bióloga. É considerada a maior especialista nacional em caracóis, nunca comeu
estes moluscos e dificilmente se vê a fazê-lo. A explicação é simples:
"Durante mais de duas décadas cultivei e observei quase diariamente
milhares de caracóis, o que os tornou, para mim, animais de estimação. E um
animal de estimação não se come!"
Mas esta enorme variedade de
espécies de caracol não tem um canal directo para o prato. Na verdade, explica
a bióloga, só há em Portugal quatro espécies comestíveis: "Por ordem
decrescente de tamanho: a caracoleta
(nome científico mais conhecido, Helix
aspersa), o maior caracol terrestre português; a caracoleta moura também conhecida como boca-negra na Madeira (Otala
lactea); o amarelinho, riscadinho
ou riscado, ou caracol-das-canas, o caracol português mais bonito pela grande
variedade de cores que a concha pode apresentar (Cepaea nemoralis); e o caracol a que chamo caracol-das-cervejarias
e os apreciadores caracol pequeno (Theba
pisana). Um caracol (Helicella
virgata) do mesmo tamanho e muito parecido com este último e que pode
encontrar-se nos mesmos locais não tem valor gastronómico, pois dizem que é
muito amargoso, referido por alguns como caracol-do-diabo."
Observação:
H. pomatia e H. aspersa são as duas espécies comestíveis que são mais utilizados na cozinha européia.
O último é conhecido como caracol riscado.
Caracol Branco
(Theba Pisana)
Caracoleta Grande
(Helix Aspersa Maxima)
Caracoleta Canário
(Helix Cepaea)
Caracol Riscado
(Otala Lactea)
Existem muitas espécies d caracóis, mas maioria não são comestiveis.
ResponderExcluirEu prefiro o caacol riscado aqui do Ribatejo.
Um abraço.
Olá amigo paulo: Eu não era apreciador de caracóis, mas de tanto se falar neste bicho e de tanto conviver com os amigos cervejeiros, acabei por render-me a este petisco.
ResponderExcluirSó como caracóis pequenos, as caracoletas eu dispenso.
Um abraço do Valdir.