Hoje, encontrei um amigo que é um grande coleccionador de Kinders e o seu negócio é baseado na compra e trocas destes pequenos brinquedos entre outras infinidades de produtos, como: Postais, cartões telefónicos, Kalkitos etc....
Conversando sobre "hobby", pequenos negócios de coleccionismo acabamos por falar em "blog" e Negócios de caracóis.
Diz-me ele, que a mais ou menos 25 anos atrás, ainda na época do escudo, tinha um negócio de caracóis que consistia na apanha e venda destes gastrópodes para cafés e restaurantes.
O kg na época era cerca de 200,00$ escudos, 1,00€ dos nossos dias.
Naquela altura cheguei a pensar na helicicultura, diz-me o meu amigo, mas o investimento demorava cerca de cinco anos para recuperar e esta foi a razão para o não investimento.
As caracoletas estavam na sua mira embora os caracóis pequenos dão mais dinheiro e são mais baratos devido ter mais procura e maior consumo.
Ainda ele: disse-me que encontrou um bom lugar de onde tirou muito caracol, mais ou menos 20 kg. e demorou umas semanas na apanha deste gastrópode.
A verdade é que o caracol é uma fonte de rendimento e sobrevivência na altura do verão para muitas famílias e eles estão desaparecendo dos pastos naturais. Cada ano que passa, maior são o nº de pessoas que os procuram, seja como petisco, para venda ou por necessidade.
Ainda falando com outros conhecidos, todos reconhecem o potencial do caracol, mas tomar uma iniciativa dá muito trabalho e isso do Negócio de Caracol só vai para a frente quando as pessoas tiverem a corda no pescoço.
Não se trata de influenciar, mas, o caracol ou melhor ainda, o Negócio de Caracóis já passou na cabeça de milhares de pessoas mas assim como outro negócio qualquer poucos são capazes de o fazer com cabeça tronco e membros,
Por tudo o que envolve uma criação de caracóis e na actual conjuntura em que vivemos, eu, prefiro a tradicional e salutar apanha do caracol nos pastos selvagens dos campos e urbanizações abandonadas do nosso país.
Enquanto a conversa esquenta e a cerveja desce, ouvimos outras opiniões e muita conversa fiada a espera de mais um pratinho de caracóis trazidas pelo amigo "Noberto" da praça.