quarta-feira, 24 de julho de 2013

Portugueses, sol, minis e caracóis

Estamos em pleno verão, para a maioria dos portugueses é sinónimo de férias, praias, campos e sol, chegou a altura de relaxar, isso quando as crianças deixam. A salvação das férias masculinas deve-se na sua maioria aos avós, sogros e as mulheres que tomam conta das crianças enquanto os adultos masculinos procuram uma boa tasca recheada de minis e caracóis de preferência com vista para shortinhos, mini-saias e bikinis.
 
Os caracóis, cada vez mais é a opção de petiscos escolhida pelos portugueses, mas nem sempre foi assim:
Antes os caracóis não passavam de comida de galinhas e patos e eram apenas pragas que assolavam e destruiam as hortas e jardins, eram desprezados e vistos com repugnância pela maior parte dos portugueses, principalmente as mulheres.
 
Hoje, os caracóis são sinónimo de Verão, convívio e são consumidos de Maio a Setembro, sendo Junho, Julho e Agosto os meses fortes no consumo.
 
Os franceses já são veteranos no consumo destes gastrópodes e o seu consumo atinge todas as camadas sociais.
O caracol em França está fixado nos melhores restaurantes e fazem parte das iguarias mais caras do cardápio é consumido com vinhos branco, rosé e espumantes generosos e o caracol recebe o nome de escargots, para os italianos é lumachi, iguarias gourmet também servidas  em restaurantes de luxo. Em Portugal os tempos mudaram e o humilde caracol conquistou terrenos no mercado nacional e tornou muitos empresários ricos, quando digo rico é mesmo rico e não os falsos ricos que vivem de aparências.
 
A maioria dos caracóis são de fora do país, geralmente de Marrocos. Um saco de quilograma do caracol pequeno que entra no país a menos de 0,90 cêntimos chega ao consumidor nas superfícies comerciais a 3,99 euros e no prato, como petisco, servido pelas tascas no litoral português á 5,00 euros e acompanhado com pão torrado e minis, façam as contas. O negócio é tão bom que já há caracóis para entrega a domicílio.
 
Assim que o calor aparece, começa a época do caracol. Acabando o mès de Abril, ou seja Maio, começam a aparecer cartazes com a célebre frase;  ‘Há caracóis!’. Estamos a falar mas no interior, porquê junto ao litoral os cartazes aparecem durante o mês de Abril.
 
Os caracóis são apreciados de Norte a Sul do país, mas o norte ainda é fraco na apreciação destes "bichinhos", sendo Lisboa onde mais se consome e onde singra as principais casas afamadas pela confecção deste petisco.
 
Entre estas casas, encontramos, "O Filho do Menino Júlio dos Caracóis", normalmente conhecido como Julinho dos Caracóis o recordista de vendas em todo o país:
Segundo dizem, foi o primeiro restaurante a instalar-se no Vale Formoso de Cima na zona de Marvila, depois, vieram outros restaurantes de petiscos.
É a principal e mais afamada casa de petiscos em Marvila e quem sabe Lisboa ou mesmo do país, pois o Menino Júlio é sinónimo de "caracóis".
 

Um comentário:


  1. Rico em proteínas, pobre em gorduras e calorias, o caracol é um bom alimento em casa ou no restaurante.

    À venda sobretudo entre maio e princípio de setembro, os caracóis são um petisco de verão muito apreciado. Em França, são conhecidos por escargots. Em Portugal, são caracóis ou caracoletas, consoante o tamanho. Constituídos por água, ricos em proteínas e pobres em gorduras, os caracóis são um alimento nutritivo.

    Calorias a acompanhar
    Pesquisámos em laboratório o valor nutricional de 100 gramas de caracóis cozidos em água e comparámos com os vendidos em restaurantes já cozinhados. Não encontrámos diferenças significativas entre os dois modos de preparação.

    A água é o principal constituinte do caracol. É ainda um alimento rico em proteínas e pobre em gorduras. Contém sais minerais, como magnésio, ferro e zinco que garantem a saúde do organismo.

    Mesmo os caracóis cozinhados em restaurantes têm um baixo valor calórico: cerca de 100 kcal por 100 gramas. A forma como são confecionados não altera as suas calorias, mas o acompanhamento da refeição, como cerveja ou pão, já faz a diferença.

    De Marrocos para Portugal
    A maioria dos caracóis à venda são oriundos de Marrocos. A pouca criação que existe no nosso país é, sobretudo, de caracoleta.

    Comprado a cerca de 1 euro por quilo, em Marrocos, são vendidos por um preço bastante superior nos cafés e restaurantes. Uma dose, equivalente a um prato de sobremesa, custa cerca de 5 euros. Nos mercados e lojas são vendidos vivos entre € 3 e € 5 por quilograma.

    Preparar e degustar sem riscos

    Ao cozinhar caracóis em casa, tenha cuidado com a limpeza dos mesmos, dado o seu pé estar em constante contacto com o chão. Comece por retirar, com a ponta de uma faca, o opérculo, ou seja, uma formação calcária que tapa a abertura da concha.
    Verifique se o animal está vivo.
    Lave os caracóis com água morna e sal. Repita a operação várias vezes, mudando sempre a água. Coloque-os numa panela com água e cozinhe-os em lume brando. Depois de cozidos, escorra-os.
    Ponha os caracóis de novo numa panela com água. Tempere com sal, alho, cebola, orégãos, margarina e, se gostar, piripíri ou presunto. Deixe cozer cerca de 40 minutos.

    ResponderExcluir