Cada vez é maior o aumento
do consumo do caracol para fins gastronómicos, este factor é verificado nos
últimos anos em Portugal e vários países da Europa, o seu efeito tem gerado uma
progressiva diminuição destes saborosos moluscos nas zonas onde vivem em
liberdade e um aumento da importação por parte dos revendedores para suprir o
mercado.
A carne do caracol, tem sido
consumida pelos seres humanos em todo o mundo desde épocas mais remotas da
nossa história. Existem países que são mais adeptos deste petisco, assim como
certos países europeus: Entre eles encontramos, França, Itália e Espanha.
Estes países além de árduos
consumidores são produtores de caracóis em cativeiros (viveiros).
Embora os nossos
conhecimentos de criação de caracóis em cativeiro para comércio sejam recentes
e provenientes de países europeus como a França e Itália entre outros, a
história nos diz que os “ROMANOS” já os criavam em muros e já eram muito
apreciadores desse petisco.
O caracol que vem para
Portugal, na sua maioria provém de Marrocos e Espanha, embora já os criamos cá,
mas a procura é muita e a produção nacional não é suficiente para abastecer o
mercado.
O seu sabor, assim como
todos os animais, sejam do mar ou da terra é influenciado pelo habitat onde
vivem e as suas pastagens. Segundo alguns helicicultores e apreciadores de
caracóis, a zona da Lezíria na zona da Extremadura Ribatejo, reúne excelentes
condições climáticas, humidade, pastagens ricas e oliveiras. Dizem que o
caracol desta zona é mais saboroso.
Esta foto pertence a: A helicicultura ribatejana ?Escargot Bravio? foi criada em 2009 após uma
análise rigorosa dos diversos factores que permitem distinguir a caracoleta
da espécie Helix Aspersa pela sua qualidade, publicada por OLX.
Mas, o caracol não é só
comida. Deste molusco aproveita-se tudo, desde a carne, a baba e a concha que
serve para ornamentos e fabrico de adubos, a composição da sua concha é rico em
cálcio.
O caracol é mais que um
simples petisco, este gastrópode possui um alto valor proteico, ferro, pouca
gordura e contém quase todos os aminoácidos que os seres humanos necessitam.
Segundo estudos, o consumo
da carne de caracol ajuda a combater algumas doenças e perturbações físicas
ligadas ao aparelho respiratório, por exemplo a tosse convulsa e também
acredita-se que é um excelente alimento para combater a anemia. No passado,
assim como as rãs, o caracol era usado para tratamento de doenças do pulmão,
asma, úlceras e outros.
Nestes últimos anos, as
empresas de cosméticos desenvolveram uma série de produtos para o tratamento e
rejuvenescimento para a pele e champôs, usando a baba de caracol.
Ainda existem países que não
exploram devidamente o consumo da carne de caracol, embora tenha potencial para
isso é o caso do Brasil, muitas pessoas consideram o caracol como uma praga
rastejante e viscosa.
Com o aumento do consumo de
caracóis em países como Portugal, o caracol continua em “alta”, devido a
condição económica e cultural que este molusco se transformou. Este bichinho é responsável
pelo desaparecimento das “tapas”, “molhinhos”, amendoins, pistachos, “moelas” e
muitos outros petiscos que eram tão comuns em algumas tascas e já agora, também
é responsável pelo aumento de vendas das “minis” e de muito pão e ainda responsável
pelas longas conversas e convívios de verão.
O mercado já começa a estar
muito disputado, mas ainda existe espaços para novas ideias e investidores que
sabem o que fazer. Estamos em época de crise e uma boa ideia vale muito
dinheiro e pode fazer toda uma diferença.
Que venha mais caracóis e já
agora, traga também uma “mini”.